Mulher é origem. É fonte absoluta de vida.
Cada ser vivente sobre a terra emergiu de um
útero. Feminino obviamente. Excetuando-se os artificiais, claro.
Mas nenhuma vida existe e perpetua sem que antes
uma mão feminina pouse, cuidadora, protetiva. Sem que seus olhos vejam e amem. Sem
que, antes de tudo, seu coração almeje . Mulher é a condição da vida
inteligente e intermitente do planeta. A vida que acerta ou erra. A vida que se
renova e tenta.
Cheia de
ambiguidades, paradoxal, gerando incompreensão e perplexidade ao mundo
masculino, a psique feminina segue um mistério a ser desvendado.
Ela chora e ri. Ama incondicionalmente ou exige e
ignora, dura e fria. Por vezes até ama e odeia ao mesmo tempo. E sim, assim
como constrói e dá vida, pode destruir, enfurecida. E é forte, não frágil como
supõe o senso comum.
Acerta, adequada e lógica. E erra, muitas vezes.
E repete os erros. E os repensa ou os ignora.
Deseja alçar vôo, indo além dos confins que a
limitam e ao mesmo tempo deseja ficar, ver perpetuar, vicejar cada semente que
plantou. Almeja a permanência e incita a transformação.
Mas, que profunda beleza se extrai desta
alternância de desejos que por toda a vida a carregam em direções concomitantemente
opostas. Sedução, sabedoria, ductilidade. Tudo num só ser enigmático e cheio de
dualidades.
No entanto, pelas duras exigências da vida,
quantas vezes nos afastamos desta nossa essência feminina. Por vezes a
renegamos, como se isto fosse possível. Esquecemo-nos de nós mesmas por amar
errado, achando que dar tudo é garantia de amor. Ou, escolhemos o ódio, o
ressentimento e a escuridão. E por consequência, a solidão.
Deslembradas
de nós mesmas, nos fragilizamos e nos perdemos no turbilhão da vida. Deixamos
de nos amar adequadamente e suficientemente e nos perdemos de nossos desejos e
vontades. Queimam-se os sonhos no compasso do cotidiano.
Aí soa o alarme, que pode vir açoitando o corpo e
a alma. E vêm pra nos fazer lembrar através da dor que nos afastando de nós
mesmas, nos afastamos da vida. Esta mesma vida que nos originou e da qual somos
guardiãs e mantenedoras únicas. Cuidemos, pois de nossa essência, cuidando de
nós mesmas com desvelo. Do corpo sim, mas também da alma. Desta alma de mulher
que é imortal e só por ser feminina já é bela.
Mulher é
pura emoção? Sim. E é racionalidade, praticidade e busca da sobrevivência.
Porque é humana, comporta em si todas as
possibilidades do humano, mas, supera o homem quando pode gerar vida. E ai
reside seu grande trunfo, que faz dela um ser único sobre a Terra. E esta Terra
sobre a qual pousamos os pés na caminhada da vida e sob a qual descansaremos ao
final, também é feminina.
Por isso, mulheres, enquanto é tempo, corram e
renovem a vida em seus próprios corações.
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