terça-feira, 7 de abril de 2015 | By: Cinthya Bretas

Quatro pensamentos para aplicar ao seu relacionamento e deixar ir o desnecessário.


Todo relacionamento necessariamente causará sofrimento. Dito desta maneira parecerá que desejo unicamente desencorajar os relacionamentos. Na verdade o que busco é justamente o movimento contrário.  O movimento na direção do entendimento do significado daquilo ao que realmente estamos nos engajando quando iniciamos uma relação.
Poderia tentar enganá-los: O amor é lindo. Tudo são flores. Mentira.
Se você já esteve ou esta num relacionamento a mais de uns quatro ou cinco meses sabe perfeitamente disso. Relacionamento é dor. Porque somos humanos e porque estamos expostos a todos os eventos aflitivos que nossas emoções nos causam. Porque temos uma história anterior, antes de encontrar O Amor. E esta história nos maculou.
Ah, o amor... Dói. Porque desejamos ser amados o tanto que amamos, mas nem sequer sabemos o tanto que amamos. Porque desejamos amar muito sim, mas puxa vida.. se o outro se modificasse só um pouquinho pra se adaptar a nós seria tão mais fácil.. 
            Porque se o que o outro diz ou faz não se adéqua àquilo que reconhecemos como provas válidas de amor  ficamos inseguros e confusos.  E às vezes pode ser porque realmente não nos ama o tanto que supomos, mas pode ser unicamente por uma diferença cultural. Educação afetiva é uma coisa variável de pessoa a pessoa. Já falamos disso em vários outros artigos.  
Mas e se não for amor? O que você esta fazendo ai? Insistindo em sofrer?
Ai vem as teorias tragi-cômicas do Amor:
Pessoas deveriam vir com manual. Mas quem lê manual hoje em dia?
Amor deveria ter escola. Mas tem. Você que não gosta de estudar. Fica implicando com o professor. E, exigindo. E, reclamando. Brigas de ego. Orgulho. Vingancinhas... Perdôo. Não perdôo... Queria ser surdo a ouvir isso, você pensa.  E logo responde com uma pior ainda. Vamos ver quem fica por cima. Yeah!!
       Perda de tempo. Como se você tivesse o tempo todo pela frente. Mas não tem. Não teeem!! Mesmo. 
Então, acorda porque este é o primeiro pensamento que ajuda você a ter a dimensão exata da sua perda de tempo. Não há tempo. Você não sabe quanto tempo vai durar sobre a terra. Ou tem? Fechou algum contrato antes de vir com data certinha e lembra? Sorte sua. Os demais, por favor, me ouçam.
Amanhã esta criatura detestada e amada ao mesmo tempo pode não estar ai. Ou você. Vai atravessar a rua e... aparece uma ziquizira qualquer e báu-báu , você já era. Perdeu um tempo ridículo com picuinhas que não levaram a nada. Não perdoou, levou uma vida de revanches infantis. Ficou fuçando watsapp, in box do face, e-mails. Tentando controlar, dominar... e daí o que adiantou? Pronto. De uma hora pra outra você perde. Perde tudo. Porque a vida é impermanência. Do inicio ao fim. Pense nisso também.
Perde-se porque nada pode ser retido para sempre. Quanto mais você aperta a mão, mais escorre entre os dedos. Ou seja, amassa. Fica sem forma o seu amor. Perde. Ou porque o mais precioso dom que é a vida foi tomado de um ou de outro, ou porque o seu amor, saturado pelo controle, pela implicância e outras possíveis mazelas bate asas e voa escolhendo não ser esmagado.
            Trágico? Sim, mas real. A saturação assim como a nossa frágil condição humana são dados reais que podem impedir uma relação de continuar .
            E veja, você talvez tenha tido a sorte de ter nascido perfeitinho (a), saudável. Quem sabe até bem apessoado e mais ainda, inteligente! Que sorte danada! Você veio com um invólucro perfeito para amar. Pode falar, pode ouvir. Pode fazer amor. Já havia dado conta disso? Mas isso também é impermanente, lembre. E aproveite. Mas reflita sobre esta vantagem que é a vida .
Esta aí em frente ao seu notebook, tem seu smarthphone. Sua caminha limpa pra dormir. Chuveiro!
Mas nada disso interessa. É logico que você tem tudo isso! E daí? Onde é que o seu amor esta agora que não atende o Iphone? Porque o seu par insiste em não fazer o que você quer que faça? Você não vai perdoar. Não mesmo.
Você não percebe que esta troca diária com o seu amor segue uma lei inexorável. Toda ação equivale a uma reação. E é assim que você desenvolve suas horas e dias. Você reage. Com intenção de não ficar por baixo, por medo, por arrogância, por ignorância. Você simplesmente dá o troco. De forma agressiva pela palavra ou por atos de retaliação. Ou passiva, se vitimizando. Nunca percebeu? Então perceba.
Às vezes acreditamos que temos o direito de agir e dizer da maneira que achamos melhor e nos esquecemos da lei de causa e efeito. Em algum lugar da trajetória da nossa história de amor o que bateu lá voltará aqui. Implacavelmente.
Então é ai que você se coloca numa sintonia onde a existência amorosa é repetitiva e dolorida. E, o pior,  muito chata. E você simplesmente não sabe como entrou ai. E quer saber pelo amor de deus como faz pra sair disso. A resposta? Consciência.



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